Certo ou errado? A apneia do sono só ocorre em pessoas idosas. Errado! Pode aparecer em qualquer fase da vida. Todos estão sujeitos a tê-la. Esta condição está entre os principais distúrbios do sono, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS), que calcula: 40% da população têm dificuldades para dormir. A Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) ocupa a lista de causas preponderantes.
No corpo clínico da Clínica OtoPlus há especialistas no assunto, que respondem às principais perguntas a respeito do tema para que você não tenha mais dúvidas.
1) O que é a apneia?
Caracteriza-se por abalos das paredes da faringe e pela obstrução das vias respiratórias. Com isso, há interrupções na inspiração e expiração. Além disso, há redução temporária da quantidade de oxigênio e aumento da dióxido de carbono no sangue.
Na maioria das vezes, esse processo se desenvolve por períodos de mais de 10 segundos, durante o sono. A pessoa desperta assustada na tentativa do próprio organismo recuperar a capacidade da via aérea superior. Em geral, quem sofre do transtorno não sabe que passa por isso e acaba sendo alertado por quem divide a cama ou com quem convive na mesma casa.
A apneia pode ser: Apneia obstrutiva do sono, Apneia obstrutiva do sono em crianças, Apneia central do sono e Apneia mista do sono.
2) Quem pode ter o problema?
Os episódios podem ocorrer em qualquer faixa etária. Sabe-se, porém, que é mais comum em quem tem mais 50 anos de idade.
3) Apneia causa quais sinais e sintomas?
Existem sinais e sintomas característicos da apneia do sono, porém é importante deixar claro que não necessariamente todos ocorrerão. E a quantidade e a intensidade variam de caso a caso.
Principais durante as crises (sono): roncos sucessivos, interrupções na respiração, sufocamento e dor no peito ou desconforto.
4) Como é o diagnóstico?
Durante a consulta, o profissional fará uma avaliação a partir dos relatos do paciente sobre as suspeitas de quem convive com ele e de sintomas e sinais observados ao longo do dia. Tudo isso pode ser numa conversa ou com ajuda de um questionário.
Além disso, o especialista lança mão de um exame chamado Polissonografia, que oferece um diagnóstico mais preciso. Trata-se de um eletroencefalograma (EEG) voltado a monitorar detalhadamente o sono, por meio de equipamentos eletrônicos.
Os dispositivos colocados no dedo ou na orelha verificam a oxigenação sanguínea, nas narinas e na boca servem para medir o fluxo de ar e, no peito, acompanham os movimentos e padrões respiratórios.
5) Tem como tratar?
Sim, há tratamentos não-cirúrgicos e cirúrgicos utilizados para solucionar/amenizar os episódios de apneia do sono. Entre eles:
– Controle dos fatores de risco (ex. obesidade);
– Medicamentos;
– Fonoterapia;
– Pressão positiva contínua (CPAP – aparelho para impulsionar ar aos pulmões);
– Dispositivos protéticos;
– Tratamento cirúrgico.
É importante ressaltar que a escolha do tratamento depende do tipo de apneia, do grau do transtornos e dos impactos dos sintomas e sinais no dia a dia. A decisão deve ser conjunta entre médico e paciente.
6) Todo ronco é sinal de apneia?
Calma! Se você ronca não significa que tem apneia do sono. Isso porque esse é só um dos sinais, mas não é o único. Daí, a necessidade de se consultar e fazer o exame, em caso de suspeita.
7) Apneia do sono é um distúrbio grave?
Nem todo caso pode ser caracterizado desta forma, porém pode se tornar grave à medida que chegue a um ponto de aumentar o risco de o portador desenvolver doenças como hipertensão, complicações cardíacas e diabetes. Soma-se a isso o fato de a apneia do sono comprometer a qualidade de vida do paciente, podendo desencadear problemas de ordem emocional e psicológica.
De acordo com a OMS, 90% dos casos de apneia do sono ainda não foram diagnosticados. Com isso, torna-se indispensável marcar a consulta com um especialista no assunto.
Alerta: Cuide do seu sono. Ele é mais importante do que você imagina. É o momento de descanso da mente, da musculatura, do processo respiração e dos movimentos cardíacos.